quarta-feira, 14 de abril de 2010
TRISTES OLHOS
Talvez não seja certo despir-te de tua cena, pois és o manifesto que não deu certo,
És o tema do meu protesto.
Te vejo nas ruas de carro em carro,
Falando gíria, cheirando cola.
És o convívio de tantas culpas,
O anonimado dos colarinhos brancos,
És a rebeldia intransigente,
Descartado do mundo feito indigente.
Te abatem nas ruas como limpeza pública,
E sob a terra morre tua mente pura.
Cortas a vida que se esvai no sangue do teu pulso,
Que pulsou um dia sonhos e aventuras.
Roubas o que por direito não é teu,
Mas, o que é teu por direito, não te deram.
Escondidos em escuros viadutos,
Sabes da sorte de morrer,
E o jogo que é viver.
Te chamam de trombadinha,
Desviam a atenção dos grandes assaltos para te mostrarem integrante de de uma quadrilha.
Te vi....deitado em baixo de um banco na Av. Paulista.
OLHOS TRISTES, desolados,
Talvez fosse a tua última cola,
E o vomito do fim da tua vida.
Teus cabelos cobriam o envergonhado rosto da sociedade.
GRITA MENINO!....
Porque ainda és criança.
ESCUTAI, SOCIEDADE!
Porque de certo não chegaremos a vê-los adultos....
homenagem as crianças em extinção
Esta mensagem é um apelo...passe para seus amigos...precisamos fazer algo mais por nossas crianças...
Elaine Barmann
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